O baque cocainado do Aerosmith em Draw The Line




É interessante perceber o número de vertentes que existem dentro do Rock e conseguir extrair deste passageiro raciocínio, que por trás de toda essa diversidade, existe também muito preconceito. Pode reparar, qualquer banda que consegue acertar a mão em determinada cozinha, é mal recebida se mudar as regras de jogo de uma forma mais acentuada, e exemplos para isso não faltam.
Eu particularmente gosto de citar o Deep Purple, que após firmar suas raízes no Hard, acabou maturando seu som na acidez do Funk/Soul, e mesmo que o três discos deste período sejam ótimos (''Burn'', ''Stormbringer'' e ''Come And Taste The Band''), sabemos que a aceitação foi bem complicada na época.
Aliás, até hoje existe certo desacordo entre os fãs, é algo que nunca é 100% aceito. E esse gancho do caso Purple é bem interessante para os pensamentos que prentedo alimentar ao som do Aerosmith, mais especificamente com o swing acentuado de ''Draw The Line'' lançado em 1977.
Aliás, até hoje existe certo desacordo entre os fãs, é algo que nunca é 100% aceito. E esse gancho do caso Purple é bem interessante para os pensamentos que prentedo alimentar ao som do Aerosmith, mais especificamente com o swing acentuado de ''Draw The Line'' lançado em 1977.
Line Up:
Steven Tyler (vocal)
Joe Perry (guitarra/vocal)
Brad Whitfordd (guitarra)
Tom Hamilton (baixo)
Joey Kramer (bateria)
Track List:
''Draw The Line''
''I Wanna Know Why''
''Critical Mass''
''Get It Up''
''Bright Light Fright''
''Kings And Queens''
''The Hand That Feeds''
''Sight For Sore Eyes''
''Milk Cow Blues'' - Kokomo Arnald
O Aerosmith foi uma daquelas bandas que teve um início fantástico, e que mesmo com toneladas de abusos de todos os tipos de drogas, conseguiu contornar os problemas aos trancos e barrancos por muito tempo e fazer um disco melhor que o outro por mais de uma década, com o marca passo de 1973 até 1985 (auto intitulado-''Done With Mirrors''). Período com o qual os toxic twins quase fecharam as portas da instituição por brigas egomaníacas, quilos de cocaína e milhares de outras substâncias.
Mas que desde sua estréia em 1973, passando por ''Get Your Wings'' (1974), ''Toys In The Attic'' (1975), ''Rocks'' (1976), e aterrissando no ápice da loucura e insanidade pela óbvia exaustão do grupo com ''Draw The Line. A fase mais Junkie, com o maior desgaste entre os membros e sem dúvida alguma, marca o período menos propícia para um disco no nível dos anteriores. Só que mesmo assim os caras seguiam na linha Walking Dead's e surpreendiam a cada novo disco.
E aqui o padrão foi o mesmo, de disco clássico. Uma aula de Hard-Rock que desta vez flerta com o ritmo dançante do Funk com o mesmo sucesso de outrora, incitando a Jam em um convento abandonado perto de Nova York, dando margem a duas opiniões:
1) Não é ruim.
A única coisa relembrada de forma geral é a arte da capa, a chapada caricatura de Al Hirschfeld. Mas esse disco é ótimo, mostra uma aresta da banda que sai da zona de conforto mas não perde a raiz, pois o Blues está sempre ali. O Purple ainda insistiu mais tempo nessa cozinha, eu, por exemplo, acho ótimo a fase James Brown, mas alguns detestam e aqui é a mesma coisa, porém meus ouvidos voltam a convergir.
Começando com o slide da faixa título, mostrando um potencial diferente para as eletrficações corporais. Passando pelo piano safado de ''I Wanna Know Why'', a gaita esperta de ''Critical Mass'' e o momento de brilhantismo mor de Perry neste disco, com os vocais de ''Bright Light Fright''. Aliás, depois de muito ouvir esse cara, cheguei a conclusão que ele é uma versão do Keith Richards melhorada na parte de solos e com o mesmo talento sobrenatural para riffs.
Basta ouvir ''Kings And Queens'' para perceber isso e sentir o baixão de Hamilton e a voz sentimental de Tyler, que mesmo no fundo do poço, ainda estava arrebentando nos vocais. Tudo isso fora o ímpeto rude e puramente Rock 'N' Roll de ''The Hand That Feeds'' e ''Sight For Sore Eyes''... Tudo esperando pelo grand finale, a versão envenenada de ''Milk Cow Blues'' de Kokomo Arnold...
Não adianta, Funk é só para ouvidos bem preparados, fora que sempre tem os que gostam, mas fingem discordar só por que a mídia ''especializada'' mela a cueca na hora de falar sobre a música, não das vendas.
Mas pra quem manja, esse LP é tão bom, senão melhor que os anteriores. Trata-se do registro que resumiu o furacão que foi o Aerosmith, e consegue cumprir a difícil tarefa de captar as reverberações em seu apogeu de selvageria, que aqui conta até com os cozinheiros do Grateful Dead, e os obviamente batizados brownies de maconha que deixaram até o Joe Perry baqueado.
1) Não é ruim.
2) Mas também não é bom.
A única coisa relembrada de forma geral é a arte da capa, a chapada caricatura de Al Hirschfeld. Mas esse disco é ótimo, mostra uma aresta da banda que sai da zona de conforto mas não perde a raiz, pois o Blues está sempre ali. O Purple ainda insistiu mais tempo nessa cozinha, eu, por exemplo, acho ótimo a fase James Brown, mas alguns detestam e aqui é a mesma coisa, porém meus ouvidos voltam a convergir.
Começando com o slide da faixa título, mostrando um potencial diferente para as eletrficações corporais. Passando pelo piano safado de ''I Wanna Know Why'', a gaita esperta de ''Critical Mass'' e o momento de brilhantismo mor de Perry neste disco, com os vocais de ''Bright Light Fright''. Aliás, depois de muito ouvir esse cara, cheguei a conclusão que ele é uma versão do Keith Richards melhorada na parte de solos e com o mesmo talento sobrenatural para riffs.
Basta ouvir ''Kings And Queens'' para perceber isso e sentir o baixão de Hamilton e a voz sentimental de Tyler, que mesmo no fundo do poço, ainda estava arrebentando nos vocais. Tudo isso fora o ímpeto rude e puramente Rock 'N' Roll de ''The Hand That Feeds'' e ''Sight For Sore Eyes''... Tudo esperando pelo grand finale, a versão envenenada de ''Milk Cow Blues'' de Kokomo Arnold...
Não adianta, Funk é só para ouvidos bem preparados, fora que sempre tem os que gostam, mas fingem discordar só por que a mídia ''especializada'' mela a cueca na hora de falar sobre a música, não das vendas.
Mas pra quem manja, esse LP é tão bom, senão melhor que os anteriores. Trata-se do registro que resumiu o furacão que foi o Aerosmith, e consegue cumprir a difícil tarefa de captar as reverberações em seu apogeu de selvageria, que aqui conta até com os cozinheiros do Grateful Dead, e os obviamente batizados brownies de maconha que deixaram até o Joe Perry baqueado.
Melhor resenha do disco! Concordo em número gênero e grau! Esse disco foi bastante injustiçado e é sim um dos melhores do aero, mostra toda a loucura dá banda só que de forma ainda mais dançante, não dá pra ficar parado com the Hans that feeds
ResponderExcluirÉ glicose na veia meu caro! Agradeço pelo comentário, siga vossos grooves.
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